
Vamos imaginar o seguinte cenário: em determinado momento na Europa, houve uma crescente procura por Tulipas, que, na época, tinha uma produção limitada. O que temos como resultado é uma demanda maior que a capacidade de produção, ocasionando uma alta dos preços do produto.
O que passou a ocorrer foi que alguns comerciantes buscavam os produtores a fim de “reservar” tulipas antes de sequer serem cultivadas. Essa era uma boa alternativa para o produtor, que garantia a venda do seu insumo antes de anunciar no mercado, e para o comerciante que não precisava passar pelas oscilações de valores na obtenção do produto. Como forma de assegurar esse comércio, os produtores forneciam vales para que os comerciantes garantissem suas compras para daqui 3 ou 4 meses, funcionando como como os “vale-presentes” que conhecemos hoje.
Entretanto, o que passou a acontecer foi que no momento em que os comerciantes garantiam seus vales até a entrega das tulipas, o preço delas aumentava e os vales que antes foram comprados por um valor inferior, passaram a ser comercializados pelo novo valor, criando um mercado paralelo, no qual você tinha não somente a comercialização das tulipas à vista, que existiam e estavam em mãos, mas uma roda de negociação com “vale-tulipas”. Em um momento posterior houve uma quebra na produção dessas tulipas e como existia um mercado grande de procura por essas flores, cuja demanda estava maior que a capacidade produtiva, os preços dos vales chegavam a dobrar e os produtores não conseguiam entregar os produtos. Dessa forma, havia vários vales circulando que não tinham mais valor. Essa foi a primeira quebra de uma “bolsa de negociações” registrada, o que levou a adoção posteriormente de outros mecanismos para evitar a ocorrência do mesmo problema.
Esse conceito é conhecido como Mercado Futuro, onde é negociado um derivado de uma mercadoria ou ativo. A garantia prévia dos produtos permitia produtores se capitalizarem antes mesmo dos seus insumos estarem prontos. Hoje no Brasil existe uma movimentação de mercado muito forte em torno disso, conhecido como BMF (Bolsa de Mercadorias e Futuros), onde vendem-se derivativos de insumos reais (milho, soja, metais).
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