Voltando um pouco no tempo, 10 anos antes dessa crise, houve um momento em que os bancos nos Estados Unidos faziam muitos empréstimos aos cidadãos. Mesmo aqueles que estavam desempregados e tinham menos chances de realizar o pagamento regular do financiamento conseguiram o benefício, oferecendo como garantia suas casas. Então os bancos passaram a negociar essas dívidas como títulos para outros países, conhecidas como CDO’s (Collateralized Debt Obligation – Obrigações de dívidas com Garantia), principalmente para a Europa e posteriormente, quando a regularização do financiamento fosse feita, quem comprou o título recebia esse valor acrescido dos juros. Entretanto, quando os títulos eram adquiridos, aquele que adquiriu não tinha ciência de qual era o tipo de garantia que continha no título, pois os bancos estavam negociando títulos de clientes de baixo risco, ou seja, de clientes com bom histórico de pagamento, com a de clientes de alto risco, com chances menores de serem pagas.
Então, o grande problema foi o fato de que os devedores de alto risco não regularizavam seus débitos, cujos títulos estavam agora nas mãos não somente dos bancos, mas de fundos de investimento do mundo todo. Consequentemente, houve um efeito dominó, pois aquele investidor que esperava receber o retorno de seus investimentos agora não tinha mais essa garantia.
Após a falência de um dos bancos mais tradicionais dos Estados Unidos, em 15 de setembro de 2008, bolsas do mundo todo começaram a despencar e outros bancos declararam perdas bilionárias, desencadeando uma forte instabilidade no mercado em geral, levando ao desemprego e falência de diversas empresas de diferentes segmentos e em vários países, incluindo o Brasil, que estava em um dos melhores períodos da economia, numa crescente e com bons índices das contas públicas.
Esse conceito é conhecido como Mercado Futuro, onde é negociado um derivado de uma mercadoria ou ativo. A garantia prévia dos produtos permitia produtores se capitalizarem antes mesmo dos seus insumos estarem prontos. Hoje no Brasil existe uma movimentação de mercado muito forte em torno disso, conhecido como BMF (Bolsa de Mercadorias e Futuros), onde vendem-se derivativos de insumos reais (milho, soja, metais).
Na tentativa de resgatar demais países e bancos desse efeito cascata, governos de vários países anunciaram planos de socorro à economia injetando bilhões de dólares ou moedas locais nos bancos. Até os dias atuais, o nível de empregados em vários países não conseguiu retornar ao que era antes desse ocorrido, demonstrando o tamanho das sequelas desse colapso.
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